Centro de Documentação: História e Memória da Obstetrícia no Brasil

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO

História e Memória da Obstetricia no Brasil

SOBRE O PROJETO

Sobre o Centro de Documentação 

A História e Memória da Obstetrícia

Desde o seu nascimento, o curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo superou diversas dificuldades e passou por grandes transformações para tornar-se o que é hoje: um curso inovador que forma profissionais que prestam assistência humanizada, baseada em evidências científicas e culturalmente sensível.

Por definição, obstetrizes são profissionais que podem exercer seu trabalho de forma autônoma ou integrar equipes multiprofissionais de saúde. Atuam na educação e promoção da saúde de mulheres e pessoas com útero, atendendo às necessidades físicas, emocionais e socioculturais dessas pessoas no contexto de suas famílias e comunidades. Além disso, desempenham um papel no gerenciamento de serviços de atenção à saúde, prestam assistência durante a gestação, parto e pós-parto. Trabalham para preservar a fisiologia do processo de nascimento na assistência direta ao parto normal de risco habitual, atuando na prevenção, detecção e realização de medidas de emergência em caso de complicações, aguardando a atenção de uma equipe multiprofissional especializada, e providenciando cuidados no pós-parto, bem como aos recém-nascidos e lactentes.

“Aos bons entendedores, meias palavras bastam: não haverá mudança efetiva sem embates, não haverá assistência humanizada sem enfrentamento das relações de poder que, historicamente, fizeram do parto um evento médico e, da mulher, um mero objeto da reprodução humana, ao invés de sujeito de direito e senhora de seu destino.”

Carmen S. Tornquist

O que nos move e nos dá força para superar os desafios é a vontade de provocar mudanças no modelo biomédico e a inclusão de uma perspectiva que contemple os direitos humanos, especialmente os direitos sexuais e reprodutivos, na rede de saúde. Diante dos desafios que o futuro nos apresenta, além dos ideais que carregamos, também retiramos força do nosso passado recente, com impasses na regularização da profissão e para impedir o fechamento das vagas do curso, mas também da historicidade que a profissão de parteira carrega.

Analisando a história da profissão, encontramos elementos importantes que evidenciam os percursos que as primeiras parteiras e as obstetrizes percorreram nas relações com diferentes saberes e poderes ao longo da profissão. Para nós, o registro da história e da memória da profissão das obstetrizes que existiam até a década de 70 e das obstetrizes que passaram a ser formadas no ano de 2005 tem profundos significados profissionais, sociais, políticos e afetivos. Preservar a história e as memórias das obstetrizes é também preservar a história e a memória da saúde pública, das mulheres e das pessoas que gestam, do nascimento, do parto e dos saberes e práticas das parteiras.

Este projeto tem como objetivo promover a continuidade do desenvolvimento do Centro de Documentação Virtual para o registro de Histórias e Memórias da Obstetrícia. Em anos anteriores (2016 e 2017), iniciamos o Centro e, através do projeto, construímos um site para abrigar o conjunto de informações que conseguimos levantar em dois anos. Essas informações abrangem a história do curso de Obstetrícia, fotografia, artigos científicos e um extenso levantamento de matérias de jornais, além de informações documentais coletadas no Museu de Saúde Pública, localizado em São Paulo, sobre as primeiras parteiras que vieram para o Brasil. O projeto foi interrompido no final de 2017 e retomado no segundo semestre de 2020.

Além do site do Centro de Documentação da História e Memória da Obstetrícia no Brasil, o projeto engloba outras duas ações. A primeira delas é o evento chamado “Partejando Memória”, que tem como objetivo entrevistar pessoas que participaram e participam da construção da história da Obstetrícia, contando com a participação no ano de 2023 das professoras Dulce Gualda e Nádia Zanon. Considerando que o curso de Obstetrícia foi reativado recentemente (em 2005) e que muitas pessoas ainda não conhecem a profissão e o curso da USP, que é o único no Brasil, incluímos no projeto visitas às escolas e a difusão de um material virtual para compartilhar informações sobre a permanência estudantil, o cursinho popular da EACH, o contexto de construção da EACH/USP, formas de ingresso na universidade, o bacharelado em Obstetrícia e o contexto histórico da profissão obstetriz, a grade curricular do curso e os campos de atuação desta profissional.

A História e Memória da Obstetrícia

Desde o seu nascimento, o curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo superou diversas dificuldades e passou por grandes transformações para tornar-se o que é hoje: um curso inovador que forma profissionais que prestam assistência humanizada, baseada em evidências científicas e culturalmente sensível.

Por definição, obstetrizes são profissionais que podem exercer seu trabalho de forma autônoma ou integrar equipes multiprofissionais de saúde. Atuam na educação e promoção da saúde de mulheres e pessoas com útero, atendendo às necessidades físicas, emocionais e socioculturais dessas pessoas no contexto de suas famílias e comunidades. Além disso, desempenham um papel no gerenciamento de serviços de atenção à saúde, prestam assistência durante a gestação, parto e pós-parto. Trabalham para preservar a fisiologia do processo de nascimento na assistência direta ao parto normal de risco habitual, atuando na prevenção, detecção e realização de medidas de emergência em caso de complicações, aguardando a atenção de uma equipe multiprofissional especializada, e providenciando cuidados no pós-parto, bem como aos recém-nascidos e lactentes.

“Aos bons entendedores, meias palavras bastam: não haverá mudança efetiva sem embates, não haverá assistência humanizada sem enfrentamento das relações de poder que, historicamente, fizeram do parto um evento médico e, da mulher, um mero objeto da reprodução humana, ao invés de sujeito de direito e senhora de seu destino.”

Carmen S. Tornquist

O que nos move e nos dá força para superar os desafios é a vontade de provocar mudanças no modelo biomédico e a inclusão de uma perspectiva que contemple os direitos humanos, especialmente os direitos sexuais e reprodutivos, na rede de saúde. Diante dos desafios que o futuro nos apresenta, além dos ideais que carregamos, também retiramos força do nosso passado recente, com impasses na regularização da profissão e para impedir o fechamento das vagas do curso, mas também da historicidade que a profissão de parteira carrega.

Analisando a história da profissão, encontramos elementos importantes que evidenciam os percursos que as primeiras parteiras e as obstetrizes percorreram nas relações com diferentes saberes e poderes ao longo da profissão, que foi extinta e retomada. Para nós, o registro da história e da memória da profissão das obstetrizes que existiam até a década de 70 e das obstetrizes que passaram a ser formadas no ano de 2005 tem profundos significados profissionais, sociais, políticos e afetivos. Preservar a história e as memórias das obstetrizes é também preservar a história e a memória da saúde pública, das mulheres e das pessoas que gestam, do nascimento, do parto e dos saberes e práticas das parteiras.

Este projeto tem como objetivo promover a continuidade do desenvolvimento do Centro de Documentação Virtual para o registro de Histórias e Memórias da Obstetrícia. Em anos anteriores (2016 e 2017), iniciamos o Centro e, através do projeto, construímos um site para abrigar o conjunto de informações que conseguimos levantar em dois anos. Essas informações abrangem a história do curso de Obstetrícia, fotografia, artigos científicos e um extenso levantamento de matérias de jornais, além de informações documentais coletadas no Museu de Saúde Pública, localizado em São Paulo, sobre as primeiras parteiras que vieram para o Brasil. O projeto foi interrompido no final de 2017 e retomado no segundo semestre de 2020.

Além do site do Centro de Documentação da História e Memória da Obstetrícia no Brasil, o projeto engloba outras duas ações. A primeira delas é o evento chamado “Partejando Memória”, que tem como objetivo entrevistar pessoas que participaram e participam da construção da história da Obstetrícia, contando com a participação no ano de 2023 das professoras Dulce Gualda e Nádia Zanon. Considerando que o curso de Obstetrícia foi reativado recentemente (em 2005) e que muitas pessoas ainda não conhecem a profissão e o curso da USP, que é o único no Brasil, incluímos no projeto visitas às escolas e a difusão de um material virtual para compartilhar informações sobre a permanência estudantil, o cursinho popular da EACH, o contexto de construção da EACH/USP, formas de ingresso na universidade, o bacharelado em Obstetrícia e o contexto histórico da profissão obstetriz, a grade curricular do curso e os campos de atuação desta profissional.

Projeto PUB

O Programa Unificado de Bolsas (PUB) para estudantes de graduação é uma iniciativa da Universidade de São Paulo que visa ao engajamento do corpo discente em atividades da USP, tais como ensino, pesquisa, cultura e extensão, com o intuito de contribuir para a formação acadêmica e profissional dos alunos regularmente matriculados.

Um Projeto de Cultura e Extensão é um conjunto de ações bem definidas voltadas para a comunidade interna ou externa da Universidade. Tem o propósito de alcançar um ou mais objetivos de caráter educativo, social, cultural, científico ou tecnológico.

Projeto PUB

O Programa Unificado de Bolsas (PUB) para estudantes de graduação é uma iniciativa da Universidade de São Paulo que visa ao engajamento do corpo discente em atividades da USP, tais como ensino, pesquisa, cultura e extensão, com o intuito de contribuir para a formação acadêmica e profissional dos alunos regularmente matriculados.

Um Projeto de Cultura e Extensão é um conjunto de ações bem definidas voltadas para a comunidade interna ou externa da Universidade. Tem o propósito de alcançar um ou mais objetivos de caráter educativo, social, cultural, científico ou tecnológico.

Tainacan

O Tainacan é um software gratuito utilizado na construção deste Centro de Documentação que permite catalogar, organizar, armazenar e compartilhar informações, facilitando a gestão e a publicação de acervos digitais de forma fácil e intuitiva. Isso contribui para a preservação e a comunicação da produção cultural na Internet.

Tainacan

O Tainacan é um software gratuito utilizado na construção deste Centro de Documentação que permite catalogar, organizar, armazenar e compartilhar informações, facilitando a gestão e a publicação de acervos digitais de forma fácil e intuitiva. Isso contribui para a preservação e a comunicação da produção cultural na Internet.